Olimpio Araujo Junior defende anistia aos presos do 8 de janeiro
- Olimpio Araujo Junior
- 8 de abr.
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A moção de apoio à anistia foi aprovada pelo plenário da Câmara Municipal de Curitiba.

Durante a sessão plenária desta terça-feira (8), o vereador Olimpio Araujo Junior (PL), líder do Partido Liberal na Câmara Municipal de Curitiba, defendeu a anistia dos manifestantes presos em decorrência dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A fala ocorreu durante a discussão de uma moção de apoio à anistia, que foi aprovada em plenário.
Em seu pronunciamento, Olimpio criticou a postura de vereadores que deixaram o plenário durante o debate. “Colocam as pautas, atacam a direita, atacam manifestantes que foram vítimas de uma armadilha e saem do plenário quando não querem ouvir o contraditório”, afirmou.
“É curioso ver quem defende a anistia de guerrilheiros, de assassinos do regime militar e de grupos como o MST — que neste momento organiza invasões em mais de onze áreas e prédios públicos pelo Brasil —, mas se recusa a ouvir a real situação de brasileiros comuns que estão sendo punidos desproporcionalmente por terem participado de manifestações”, declarou o parlamentar.
Moção de apoio 08/01
A moção de apoio (416.00028.2025) à anistia dos presos do 8 de janeiro, aprovada nesta terça-feira (8) pela Câmara Municipal de Curitiba, foi apresentada pelos vereadores Eder Borges, Beto Moraes, Bruno Secco, Carlise Kwiatkowski, Guilherme Kilter, Olimpio Araujo Junior, Sargento Tania Guerreiro.
O texto sustenta que o Brasil vive hoje uma das maiores mobilizações populares de sua história, superando momentos emblemáticos como as Diretas Já e os pedidos de anistia promovidos por grupos da esquerda durante o regime militar.
Na avaliação dos signatários, a pauta da anistia vai além da simples concessão de perdão judicial: trata-se de uma resposta aos crescentes sinais de insegurança jurídica, abuso de autoridade e punições desproporcionais impostas a manifestantes, muitos dos quais não tiveram sequer garantido o devido processo legal. A moção também aponta o exílio de jornalistas e políticos como elementos que agravam o cenário.
O documento destaca ainda que o tema tem mobilizado tanto o Congresso Nacional quanto as ruas. Parlamentares ameaçam obstruir votações caso o projeto de anistia não seja pautado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Já nas ruas, atos convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como os de Copacabana e da Avenida Paulista, reuniram multidões. Nas redes sociais, influenciadores e políticos — entre eles o deputado federal Nikolas Ferreira — vêm denunciando casos de condenações consideradas injustas e desproporcionais, amplificando o clamor por justiça e tratamento igualitário. A moção conclui que anistiar os manifestantes não significa absolver crimes, mas reconhecer que a justiça deve ser imparcial e equilibrada.
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